quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Escolha múltipla



Antes de sumir meu texto, que era muito mais inspirado e claro, resolvi perguntar a você: quantas vidas podemos ter? Hoje, você acorda e mais tarde volta para a mesma cama. Mas tem certeza de ser o mesmo, aquele que levantou e deitou, com a mesma vida em exercício? Quantas vidas giram em torno da vida que tentamos ter? Só porque lutamos por uma unidade, pra soldar nossas realidades e criar algo que seja coerente, quem disse que somos um? Porque nossa vida é aquilo que somos. E quem disse que conseguimos soldar qualquer coisa? Imagem desesperada de ser algo único pra talvez abafar as infinitas vozes que nos dizem sermos muitos. Na verdade, temos tantas vidas e somos tantas possibilidades. Variadas e diversas. A rotina que padroniza em série, ajuda a uniformizar. Abranda. Mas não te dá o que é seu. Somos tantos e concentrados, num mar de possibilidades e realidades paralelas. E é tão ruim assim? Pra mim, entender que eu e a vida somos múltipla escolha é um bem. Correr verdadeiramente os olhos sobre a nossa prateleira pessoal de vidas e tentar encontrar aquela cujo sabor é o predileto pode não ser algo fácil, mas é possível. Todas as vidas, nossas possibilidades de concretude, estão ali, nos pertecem, são nossas, somos nós. Melhor que viver a vida ideal é viver o melhor e a melhor das vidas possíveis.

Textos ao vento



Idéias mudam: você, conceitos, contextos. Idéias servem pra germinar, fazer andar, mudar, crercer. Idéias movem coisas com a mente, não se alarmem parapsicólogos. É a verdade. E por que meus textos somem quando deveriam se multiplicar? Alguém aí? Contra mim?